terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Receita de Ano Novo


Chicas,
Desejo a todas um mundo de alegria! Que a nossa amizade fique cada vez maior e melhor. Vocês são especiais para mim.
Deixo um poema de Drummond como presente para o ano que vem vindo.
Beijo enorme pra vocês.

Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?) Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver. Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Natal 2008

Assim como em 2007, fui passar a noite de Natal em Itaipava. Saí do Rio, com minha família, na tarde de 24/12, para ir de encontro aos amigos que lá nos aguardavam. No caminho, pegamos uma forte neblina que nos impedia de enxergar qualquer coisa, mas minha mãe continuou dirigindo, porque conhecia a estrada e tinha certeza do caminho que vinha pela frente. Assim também deveria ser a noite de Natal para os descrentes – ir em frente, conhecer e festejar o nascimento de Jesus. Não podemos vê-lo, mas quem o conhece, quem se permite conhecer, tem a certeza de sua existência.

Ok, não conseguimos enxergar Jesus, e nem sabemos se ele se parece com as imagens que se propagam por aí. Mas, é daí? A visão só é necessária para enxergar o físico, mas podemos ver com os outros sentidos. Podemos ver com a mente, com o ouvido, com o tato, e, acima de tudo, com o coração. Isso serve para tudo.....não só para Deus.

Não podemos confiar somente na visão, porque ela é alterada pelos sentimentos. Fatores internos e externos modificam a forma como vemos o mundo e as pessoas. Precisamos trabalhar diariamente nossas emoções, tirar nossos lixos internos, para ver o que se esconde por detrás das nossas neblinas.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Que será de mim?!


Ai Jesus, se nesta época de Peru na mesa, só sobrou frangote para a Madonna, vai restar no mínimo um frango a passarinho pra mim. Ahft.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

msn - MUITO FELIZ!!


Débora – Que tempinho. Com frio!!!
Bernardo – Academia!
Karina – 08 meses de casada!!
Rebeca – Muito Feliz!!

Ok. Eu confesso. Já entrei no msn com alguma frase ao lado. Não lembro bem o que era, mas já fiz. E, tenho quase certeza, você também. Provavelmente escrevi uma piada para uma amiga ou, num ataque de insegurança feminina, lancei uma mensagem para um dos gatinhos da minha listinha. Mas, que fique claro, isso foi há um bom tempo atrás.

Até entendo os adolescentes que fazem isso, pois é coisa da idade. Também vejo sentido quando os amigos usam o espaço para colocar uma informação do tipo: Junior – vendo Honda 2001; Leandra – livre para frellas. Legal. Maneira útil de usar a ferramenta, mas na boa, frases como as que abrem este texto, é chato pra cacete! Não preciso da Débora para saber das condições climáticas. Abro a janela pra isso. Será que ela já ouviu falar em climatempo?! E, se eu tivesse o menor interesse em saber por onde o Bernardo anda, era só clicar na janelinha dele e iniciar uma conversa das mais básicas...... “oi Be, td bem? Por onde andas?”. Pronto. Conversa iniciada, agora é só desenvolver o assunto. Simples assim. E, digo o mesmo para as Rebecas da vida. Agora, as do tipo Karina são um caso a parte. Primeiro porque causa aquela sensação de que quer ficar esfregando diariamente na cara das amigas solteiras que ela casou e as outras não. Além disso, sempre parece que é uma pressão para lembrar de mandar o presente da boda de papel - pois é, de ano em ano, a união vai ganhando um nominho.

Acho que assim como eu, a maioria usa o msn para falar com clientes e fornecedores (além dos amigos, claro). Portanto, há de se ter um cuidado. E em especial com as fotos (Bernardo é o típico caso que no lugar do rosto, coloca o tórax na foto). Tenho gente de biquíni na minha lista....Não dá né! Bom, mas retornando às frases......as pessoas querem divulgar, espalhar pra todos o seu momento e, tem aqueles que querem tanto, que colocam até teaser para despertar a curiosidade alheia. Afinal, todo mundo tem um q de curioso. Bom, acontece que num dia mais tranqüilo, acabamos perguntando para aquela nossa amiga da contagem regressiva (que iniciou no número 99) “faltam 18 dias para o q?” E a Bruna – faltam 18 dias responde “para o meu aniversário!!!” Ah cara, fala sério, vai curar essa carência na análise.

Isso para não falar das pessoas que entram e saem sucessivas vezes para chamar a atenção. Melhor deixar isso quieto, senão serei bloqueada. Afinal, minha listinha tá cheia de amigos que colocam frases, e que entram e saem toda hora.

Prometo: não vou esquecer de mandar o presente de casamento, desejar feliz aniversário na data e dizer pra você Bernardo, que fica muito bem sarado.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Então tá explicado.....


Comédias românticas criam ilusões sobre o amor na vida real.
Uma pesquisa feita pelo Family and Personal Relationships Laboratory, da Universidade Heriot Watt, na Escocia, diz que pessoas que assistem a comedias românticas, como 'Bridget Jones' e 'Notting Hill' tendem a acreditar em amor predestinado. Também tendem a esperar relacionamentos perfeitos instantaneamente. Filmes do gênero, segundo o estudo, promovem expectativas irreais sobre os relacionamentos. A pesquisa analisou 40 filmes sucesso de bilheteria entre 1995 e 2005, incluindo 'Mensagem para você' e 'Encontro de amor'. Indica que a maior parte dessas comedias romanticas apresenta casais que se apaixonam instantaneamente e promove a ideia de destino, de que cada pessoa tem no mundo apenas uma pessoa perfeita para ela. Fonte: Blue Bus

O pior é quando queremos ficar viúvas como nos filmes. Que era o Gerard Butler em "P.S. I Love You"?!?! Ai ai.......

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Está aberta a temporada do Amigo Oculto

Todo fim de ano é a mesma coisa. Como se já não bastasse a grana com presente pra família, cachorro, papagaio, penduricalhos pra árvore, rabanada e periquito, ainda somos bombardeados pelos inúmeros convites de Amigo Oculto.

Não que a brincadeira não seja legal. Dependendo do grupo, tem até sua graça, mas qualquer encontro com mais de três pessoas já resulta em um novo sorteio. E nós, meio sem jeito, não conseguimos declinar o convite daquele décimo segundo troca-troca de presentes.

Bom, mas como já sabemos que qualquer almoço feliz ou chopp nessa época do ano pode resultar em papelzinho dobrado com nome escrito, malandramente já evitamos certos encontros. E desculpa para isso nós até temos. É só mandar um “Ah, pena. Adoraria, mas saindo do trabalho vou direto para o amigo secreto do salão de manicure que freqüento, e de lá tenho troca de presente na praça aonde levo meu cachorro”. Perfeito. Desculpa dada e aceita. Quem vai duvidar? Afinal, a temporada está aberta.

Com uma desculpinha aqui e outra ali, conseguimos nos safar de alguns encontros. Beleza. Mas, não é que fecharam o cerco e criaram o tal do sorteio eletrônico?! Já até pensei em colocar a culpa no Virtua, mas acho que não cola. Completamente coagida, me cadastro no site e recebo e-mail de confirmação. Desse não dá pra escapar.

Quando achei que a coisa parava por aí, eis que surge uma nova modalidade: O Amigo Oculto do Desapego (que pode ter sorteio real ou virtual).
Explica-se: você dá de presente uma coisa sua que não precisa mais, que tem uma historia, e que você tem que se desapegar.
Leia-se: desculpinhas do tipo não tenho tempo para comprar presente e fico com medo de passar o número do meu cartão de crédito para compra na internet, já não colam aqui.
Entende-se: você é obrigada a participar. Caso contrário, será o egoísta da turma.

Muito a contra gosto, fui olhar minhas coisinhas e descobri que sou uma pessoa apegada. Confesso. Olhei por todo o meu quarto e não tinha nada que eu quisesse dar. Nem uma canequinha, botão, broche, blusa, CD, nada! Além do mais, quando não quero algo, dou pra quem precisa. Na boa, isso de Natal do Desapego é coisa pra quem gosta de brechó.

Ano que vem tem mais, e já começo a me preocupar. Com tanta imaginação, que será que neguinho vai inventar? Estou pensando em usar a tática da hippie uns dois meses antes – não usarei celular e tão pouco computador. E quero ver quem vai querer blusinha de sovaco cabeludo na troca do desapego.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Meu Criado Mudo

Ainda bem que é mudo. Está sempre ali, me acompanhando, me vendo acordar e me vendo dormir.
Participa do início do meu dia, escuta minhas preces e vela o meu sono.
Será que ele consegue entrar nos meus sonhos? Sabe tanto de mim, que me assusta. Sabe o que leio, sabe o que escuto e às vezes sabe até o que eu como.
Ele fica ali, grudado na cama, na altura do meu pescoço. Às vezes, queria que não fosse ele.
Ele sabe ser companheiro e guarda meus segredos. Em sua gaveta escondo um pouco do meu mundo secreto. Somente nós temos a chave, mas torcemos que um dia alguém consiga abrir para entrar em nosso pequeno universo.
Ele fica à minha direita. Tenho espaço na esquerda. Ando querendo preencher este espaço.
E na busca de preencher o espaço, levo mobílias erradas. Muitas com defeito. Nestes momentos, meu criado reclama, ele é meu cúmplice. Sabe que aquela nova mobília não servirá para nosso espaço, o intimo do nosso quarto, onde verdadeiramente nos revelamos e nos entregamos.
Meu criado tem momentos malcriados e emperra. Dá uma de preguiçoso e não se abre. Parece sua dona, que vez ou outra, também se fecha. Fica pra dentro.
Estamos em fase de construção, mexendo em nossas estruturas. Fortalecendo nossas bases e desemperrando nossa fechadura.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Momento Delícia


Como todo mundo tem um pouco de Garfield às segundas-feiras, resolvi colocar uma foto para dar um ânimo. Boa semana chicas.

Atum Gomes da Costa

Foi debaixo de forte chuva que acompanhei o show da Madonna.
Nunca fui grande fã da cantora, não lembro de já ter tido um DVD, não conheço músicas que não são de trabalho, mas confesso que o show me surpreendeu. A energia e empolgação tomaram conta do Maracanã e, de mim, por tabela.

Muito se fala dela - perfeccionista, dura, mandona, sarada, crítica, exigente e obstinada. Mas, uma das coisas que mais me chamou a atenção, foi a humildade. A grande estrela do pop limpou o palco para o trio cigano dançar. Ela, já sabendo da possibilidade de um escorregão, pois tombou minutos antes na frente de todos, não hesitou em fazer a faxina no maraca.

Quem esteve no estádio pôde conferir de perto as surpresas que o show ofereceu. O figurino, maquiagem e coreografia estavam lindos. As imagens de fundo idem. Mas, o diferencial foi ver Madonna dentro de um telão com imagens de água. Era como se a estrela estivesse mergulhada em águas profundas. Águas que não molhavam....bem diferente da que tomei na cabeça.

Madonna provou que mesmo aos cinqüenta ainda está em forma. Corpo perfeito. Alongamento de criança. Mas, como a maioria das mulheres, também tem conflitos com a idade. Afinal, como se explica aquela franjinha (ridícula) remetendo os tempos de menina, e os óculos de grau anunciando os problemas de vista tão comum na velhice, que provavelmente a esperam no futuro próximo?

Não sei se pela idade ou por questão de segurança, mas a cantora não deu o bis. Fica a pergunta: faltou gás ou era para não pegar trânsito mesmo? Sim, porque que a cidade ainda precisa se preparar melhor para grande público. Os transportes públicos não davam conta da demanda. A fila para o metrô era quase uma procissão. Só faltou vender santinhos da cantora, porque de resto tudo teve. Era um tal de rosquinha da maddona, guaramadonna, brhamadonna, churradonna...... só não teve atum. Atum éramos nós dentro do Metrô fazendo figuração para o Gomes da Costa.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

De boca aberta

Não sou muito chegada a acordar cedo. Essa é uma das coisas que quero resolver nesta minha fase de mudança. Pois é, estou neste momento de construção e mudança. O que há de antigo e bom em mim vou deixar, mas busco o novo. Depois conto um pouco mais sobre este momento....

Bom, mas acontece que ontem tive que acordar bem cedo. Motivo: Dentista.
Então somando: madrugar + dentista = não pode ser bom.
Achei que o cálculo fosse parar por aí, mas teve mais um somatório. E a equação ficou: madrugar + dentista + água fria = terrível. Explica-se: a saída de água quente daqui de casa estava com defeito. Merda.

Cheguei ao dentista no horário marcado e ela não estava. Fiquei lá, na ante-sala, vendo foto de revista esperando ela chegar. A campainha tocou. Só podia ser ela. Abri um sorriso tentando não demonstrar que estava puta. Afinal, sabia bem aonde eu ia sentar.

E lá fui eu pra cadeirinha seguindo os comandos.....Abre a boca. Bochecha. Cospe. Mais uma vez. Agora fica de boca aberta. Mais um pouco.

Eu, ainda de boca aberta, e ela: “E então, como foi a semana?”, “está doendo?”, “mas como é o seu trabalho”...... gente, pela aparência, o tempo que ela tem de profissão é o que tenho de vida.... será que ainda não aprendeu que nós não conseguimos falar com a boca aberta, anestesiada, com um puxador de saliva dentro e a merda de um aparelhinho roendo os dentes ao mesmo tempo que faz um barulho no nosso ouvido? E na boa, tenho medo de fazer qualquer movimento nessa hora....fiquei sabendo que um velho engoliu uma peça certa vez e quase morreu. Tô fora!

Semana que vem volto lá. Estou me preparando psicologicamente para a retirada do siso. Penso em levar uma amiga para a doutora poder papear, porque se ela vir puxar assuntinho na hora de tirar o dente, vou mandar ela se f......melhor parar por aqui.

Começou Assim....

Esta é a minha primeira postagem. Criei o blog por incentivo e devo alertar aos leitores (???) que ainda não sei mexer nas ferramentas.

Primeiro passo: A escolha do nome.

Devo confessar que não sou a típica navegadora, que entra e sai de sites e blogs, que tem páginas de relacionamento, twitter e tudo o mais que a rede pode propiciar. Ao contrário. Entro sempre nos mesmos sites, leio somente dois blogs – um recomendado por um amigo e outro de um recém nascido – e não tenho página de relacionamento.

Essa minha falta de hábito de navegar por blogs alheios me criou a falsa ilusão de que o nome da página seria tranqüilo. Eis que já no batizado me deparei com o primeiro desafio: encontrar um nome que não existisse. Tudo o que pensei já tinha, e creio que não aceitavam porque causa duplicidade (coisa essa que minha mãe não cometeu comigo, dentro da minha própria casa, por míseras três letras. Talvez venha daí minha preocupação com nome). Bom, joguei “das chicas” para ver no que dava e funcionou. Fiquei meio indecisa sobre confirmar ou não, porque este nome me revela um pouco, mas somente para os mais próximos. Então, segui em frente e assim aconteceu o blog daschicas.

Segundo Passo: A escolha do título da página

Fui escrevendo o que veio na cabeça e dei confirmar. Então ficou essa mistureba. Essa coisa de um pouco de tudo. De primeira até gostei, mas agora começo a repensar.....primeiro porque parece coisa de político que promete que vai fazer e acontecer e, depois porque comecei a achar que parece com a piada do Tiquinho. Piada essa que nunca achei a menor graça.

Terceiro Passo: Definir conteúdo

Errado. Não estou no passo. Estou engatinhando aqui. Não sei exatamente como e sobre o que vou escrever. Como o titulo já diz, vai ser um pouquinho de uma coisa, um pouquinho de outra e, por aí vai. Não esperem muito. Terei dias leves, outros engraçados, outros profundos, outros cricri, em alguns não escreverei.....será de acordo com o meu humor, que pode ser leve, ácido, insosso, sem, negro e, claro, o mau humor.

Agora é teclar. Ver o que sai, e se sai.

Quarto Passo: Contar ou não contar

Nasceu o bichinho e não sei se quero falar, pois pra mim a graça da internet é essa coisa do desconhecido, de poder se colocar sem necessariamente ter que se revelar. Mas, esse nome (daschicas) implica em dividir um pouco essa minha identidade online com umas amigas, porque acabou sendo uma homenagem para este grupo querido. Fora que será um bom jeito de deixar atualizada uma amiga que hoje mora distante (não é aonde Judas perdeu a bota, porque lá é frio demais pra ele ter tirado do pé). Então, resolvi que será assim.....falo somente pra este seleto grupo e depois conferimos aonde o barco vai dar.

Ah, e peço a vocês meninas, não mencionem meu nome. Não acredito que outros irão se interessar em ler meus textinhos, mas neste território podemos dar em mares nunca navegados, e vai que alguém passa por aqui. Vamos nos preservar.....pq a história de algumas eu vou contar. Ui.