Depois de muito tempo sem praticar, resolvi fazer uma aula de yoga. Para começar, a aula não era da modalidade que eu normalmente fazia. Este foi o primeiro desconforto. O desconhecido. Não saber o que vinha na seqüência. Mas, já tinha estendido o meu tapetinho e resolvi encarar.Início da aula: todos sentados em lótus. E então o professor pediu para colocarmos a mão sobre a barriga, costelas e peito - cada local em um determinado momento. Creio que o objetivo era analisar a nossa respiração. Sentir o movimento. E, foi aí minha primeira dificuldade. Não era uma respiração intensa, mas mesmo assim senti uma das dores que o yoga pode provocar. A dor emocional. Isso podia ter passado por um simples cansaço, mas percebi que não era. E, hoje entendi que o incômodo vem exatamente pelo o que o movimento da respiração representa: a expansão e o recolhimento. Estou precisando equilibrar isso em mim, pois um não acontece perfeitamente sem o outro. Não adianta viver só para dentro, e não adianta viver só para o mundo. Um é conseqüência do outro, e precisam estar alinhados para que o movimento seja perfeito. Também não ignoro a questão energética, pois a respiração é energia. E, ela não ocorrendo da maneira como deve ser, demonstra um desequilíbrio.
Sequência (sem trema) da aula: todos de pé. Saudação ao sol. Beleza, nisso até que sou bacaninha. E vamos para as posturas.....Estica daqui, estica dali. Legal. Ponto pra mim, porque flexibilidade ainda não é um problema. Por fim, vamos às posturas de equilíbrio. Eu, que até então podia ser uma árvore bem plantadinha, que de tão reta, tão rígida, parecia ter raízes fincadas no solo neste tipo de posição, balancei mais do que Ivete Sangalo em cima de um trio elétrico. Na mesma hora percebi que era falta de foco. Eu simplesmente não estava completa, não estava inteira lá. Isso acontece quando não estamos no momento presente. Perder muito tempo com o que passou e, fantasiar demais com o que vem pela frente, pode fazer com que a gente esqueça do melhor momento que é o agora.
Foi só uma aula. Foram mensagens sutis que percebi através do meu corpo, mas queria dividir com vocês, porque como são chicas que amo, desejo que se percebam também. Busquem o equilíbrio físico, energético e emocional. Não precisa de yoga para isso. Podem arrumar a casa de outra forma.
Hoje vejo que nos últimos tempos canalizei demais minha emoção, meus pensamentos para uma só direção e não fiquei presente em mim. Meu presente de novo ano, sou eu de volta, inteira em mim.
E vamos inspirando e expirando, na sequência dos movimentos, porque a vida é transformação o tempo todo.
Ah, hoje veio a segunda dor que a yoga pode dar. É essa mesmo. A física. Ui.
Namastê.
Gostei dos toques, vou tentar alguns exercícios. Essa é famosa busca pelo caminho do meio. Adorei!
ResponderExcluirChica querida, profundo isto hein, adorei.
ResponderExcluirBeijosssss , nos vemos dia 17.
é isso aí, aprender a se escutar não é fácil mesmo e na yoga aprendemos muito isso. adorei as reflexões!
ResponderExcluirsaudades suas...